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Burrice, inocência ou natureza humana?


Aparentemente a sabedoria popular confunde certas vicissitudes de nossa sabedoria com características do inocente útil e sinais de emburrecimento, classificando-os todos por burrice.

Por isto, nesta temporada, vamos relacionar supostos sinais populares de burrice e, a seguir, avaliar se:

·        Fazem parte de nossa natureza interior;

·        São narrativas ou supranarrativas de controle social;

·        Seriam indicativos de imaturidade;

·        São, de fato, sinais de burrice;

·        Atendem a interesses do Sistema;

·        E, ainda, se suportam a combinação de dois ou mais destes tópicos.

Como já comentei em outras ocasiões, a burrice é ferramenta de controle social, por isto vários de seus sinais foram glamourizados, popularizados e são ferrenhamente defendidos como sinais de inteligência. A agressividade, a arrogância, a imunização cognitiva, a crítica rápida e ferrenha, a certeza de ser inteligente e outras possíveis características humanas também costumam ser identificadas com a burrice, facilitando a polarização e o empobrecimento, fundamentais ao tal controle.

Também facilitam as decepções com seus amigos e familiares, impedem a felicidade e aumentam o sofrimento psicológico (depressão e outros males).

Povo inteligente, compreensivo e unido não deixaria seu país ser explorado por suprainvestidores além-mar: o emburrecimento, o empobrecimento, o adoecimento psicológico e a polarização são necessidades do Sistema. 

 

Continue com as reflexões desta temporada.

Sobre a próxima temporada: Fator e Narrativas Nebulosas.