Poder, mérito e riqueza

A riqueza não se mede pelos bens

 


 

 

Tenho a impressão de que o Sistema prefere qualquer conceito de riqueza desde que esteja descolado do de valores.

A página https://www.pensador.com/ser_rico_nao_e_ter_bens_materiais/ tem muitas sugestões, por exemplo:

·        Queres ser rico? Pois não te preocupes em aumentar os teus bens, mas sim em diminuir a tua cobiça. Epicuro.

·        A riqueza não se mede pelos bens que se possui, mas sim pelo bem que se faz. Miguel de Cervantes.

·        Eu não quero ter riqueza de bens materiais, mas quero ter a riqueza da alma. Do que adianta ter todo o dinheiro do mundo, e ser pobre de espírito? Yolanda Diamante.

·        Não quero dinheiro, riqueza ou bens materiais. Prefiro felicidade, saúde e paz! Manoel Bernardo.

·        Maior riqueza que um homem pode ter não está em bens materiais, mas em poder olhar para o lado e ver pessoas que te ama pelo que você é e não pelo que tem.

·        A riqueza é a felicidade e não os bens materiais. Nelly dos Santos.

Certamente os conceitos de riqueza desatrelados de valores materiais são interessantes:

·        Abrem as portas para uma vida mais plena, feliz e fácil de realizar.

·        Facilitam reflexões sobre trabalho, oportunidades e bem-viver, temperando os que se acabam na labuta.

·        Põem em questão a relação satisfação de necessidades x investimento no trabalho.

Por outro lado, naturaliza algo que não parece bom: a despotencialização da sociedade.

Glamourização da pobreza

A glamorização da pobreza tem uma crítica contudente: perdemos poder de ação no nosso presente e no nosso futuro. Reveses são sempre possíveis. Filho doente, perda de emprego, cirurgia de emergência, falta de alimentos na dispensa, eletrodomésticos que precisam ser substituídos, amigos ou parentes em apuros. Se você tem dinheiro, você passa bem melhor do que se não o tiver. Se você tem de aguentar a fome, o filho doente e demais reveses, se não tem poder para resolver esse tipo de questão, você sofre não apenas pelo quadro, mas também pela sua impotência. E sofrerá ainda mais se o seu quadro for resultante de atitudes suas.

Uma coisa é certa: a globalização vem centralizando poder e riquezas em um seleto grupo, enquanto todos os demais estão a perder valores e poderes. Sob a promessa de diminuir desigualdades. Providência divina tantas reflexões separando riqueza de valores materiais? 

Tem algo nebuloso nisto: num mundo em que sabemos haver concentração de valores e poderes nas mãos de cada vez menos pessoas, que o empobrecimento vem aumentando, ditaduras se instalando e até os valores em papel estão sendo eliminados, parece-me bem propício ao Sistema que a população renuncie a valores e poderes e busque apenas por direitos, méritos e felicidade, abrindo mão da única ferramenta que possui para fazer as coisas acontecerem: o poder. A História e o bom-senso cansam de mostrar que isto facilita ditaduras e sofrimento, não felicidade e prosperidade como se pretende convencer.

Falácia da falsa dicotomia

Mais uma falácia da Falsa Dicotomia. Ser rico enquanto deter valores não aumenta sua cobiça, seus problemas e sua maldade.  Também não diminui sua paz, sua felicidade ou sua saúde. Pelo contrário, te dá condições de resolver problemas e dificuldades suas, dos seus e de seus amigos. Mas sem valores e poderes, tenha certeza, um povo é mais facilmente subjugado e tem suas riquezas exploradas.

 

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