Sobre o amor e o amar

Amor gato por lebre

 


 

 

Neste texto pretendo apresentar os dois conceitos mais populares de amor: o do filho e o da mãe. O primeiro tipo de amor costumamos oferecer, reconhecemos em nós mesmos por amor, mas não em outras pessoas. O outro é o que esperamos encontrar nas outras pessoas para reconhecer nelas o amor. E, apesar de serem bem diferentes, entendemos ambos como amor: não percebemos que o afeto que oferecemos é diferente daquele que esperamos, por isto o título gato por lebre, tantas discórdias familiares e cobranças afetivas.

Regularmente pessoas clamam por mais amor

E fazem postagens como:

ü Não é que falta amor, amor nós temos de sobra, o grande problema do mundo sempre foi a má distribuição de tudo o que produz.

ü Muitos falam de amor, mas poucos sabem amar.

ü Mais amor, por favor.

ü O mundo precisa de amor.

ü A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.

ü Todos deveriam amar mais e ser menos competitivos.

ü Não falta amor, falta amar.

Não clamam à toa, mas pelo desagrado de ofertarem amor e não serem correspondidos. Quem faz este tipo de postagens não percebe que oferece um tipo de amor e reivindica outro.

Qual amor reconheço em mim mesmo

Ao utilizar a expressão eu amo (algo ou alguém), eu entendo que esse algo ou alguém tem valor para mim ou, de alguma forma, dependo dele ou ele me agrada. De fato, ele me é valioso.

Qual amor reconheço em outra pessoa

Com exceção dos filhos e raras situações, para reconhecer que uma outra pessoa me ama não é suficiente que ela me valorize ou dependa de mim. É necessário que ela cuide de mim, que gaste ou invista seu tempo, seus valores, seus pensamentos, sua vida ou algo assim com esse amor.

Quando ambos amam e não se reconhecem amados

Isto é bem comum nas relações conjugais: um ama o outro, mas espera que o outro cuide, invista, gaste. Decepciona-se porque tem a impressão de que o amor que investe não é correspondido. Como já comentei, investe o amor-valor ou dependência, mas o outro não corresponde com o amor-cuidado. E não percebem.

Amores entre o filho e sua mãe

Acredita-se que estes dois amores tenham relação com a experiência infantil. Observe a relação do bebê de dois ou três anos de idade com sua mãe. Há amor entre eles. O bebê ama a sua mãe, sente sua falta quando se afasta, interage com ela, investe tempo, pensa muito nela e tem grande dependência dela. Não dá para dizer que o bebê não ama sua mãe, reconhecemos o amor do filho. Só não costumamos o relacionar com o amor-dependência ou amor-valor. Agora, o que a mãe sente pelo seu rebento também é amor, mas é outro tipo, já não é basicamente uma emoção, mas principalmente uma atitude, um gasto. Ela precisa protegê-lo, alimentá-lo, niná-lo, preocupa-se com o seu futuro e muitas outras coisas. E gasta seu tempo, seu corpo, seus valores, sua vida, suas provisões com o filho. Reconhecemos amor aí, no que ela gasta, não na dependência que tem da relação ou no valor que coloca.

Muitos até afirmam:

ü Amor, só de mãe.

ü Amar é cuidar.

ü Não é amor que falta, mas amar.

Veja o vídeo sobre alguns conceitos de amor: https://youtu.be/tqsSc-M30ew.

 

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