Você é conservador? |
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Alguns
mais incautos me questionam se faço apologia a alguma filosofia conservadora,
já que questiono a atual globalização. Se porventura não desejo a volta de
práticas tradicionais. Certamente
não. Não é porque eu reparo e aponto que a globalização facilita a divisão
social e a concentração de poder nas mãos de cada vez menos pessoas que o
machismo, o fascismo, o racismo e outras práticas criminosas culturais
antigas devam voltar. Há
muitas práticas atuais que necessitamos que sejam mantidas, mas outras tantas
precisam ser revistas urgentemente. Defendo a boa parte das práticas
político-sociais da atualidade que apontam os crimes e falhas do sistema
antigo e os corrige, também reparo que, ao mesmo tempo, facilitam a
concentração de poder, o adoecimento da sociedade e outros sintomas já
comentados. Ambos
os grupos – tradicionais e globalistas (ou uma de suas denominações) –
participam do mesmo jogo de concentração de poder. A polarização só fortalece
isto. Se eu tomasse lado, participaria ativa e conscientemente como inocente
útil. Infelizmente
as pessoas tendem a tomar partido e, quando contestadas, acreditam que quem
lhes mostra possíveis questões defende o outro lado. Infantilidade ou
inocência útil, que geralmente se dissipa se compreenderem o que é uma falácia
da falsa dicotomia. Culturas tradicionais
versus globalização. Defendemos a
globalização ou as culturas tradicionais? |