IB03.10

Burrice.2: dificuldade em compreender, resolver e se adaptar


Reflexão 10a. Pessoas perante problemas podem concluir que as soluções ou os próprios problemas cabem a outras pessoas. Que essas pessoas ou instituições devem tomar atitudes, mas com a discórdia dela. Quando isto pode ser considerado solução do problema e indício de senso crítico ou inteligência, quando não? Afinal, uma compreensão e solução da questão foi proposta. E, nos atritos, regularmente um lado propõe culpa e soluções ao outro – sabemos que é mais fácil localizar a falha do outro lado. Onde estaria a inteligência, como identificá-la nos casos em que mostrar as características ou falhas do outro pode ser considerado senso crítico?

Eu posso achar que, para resolver um problema, a contraparte deva se modificar. Posso até lembrar que as situações têm influência cultural. Também posso propor que devemos seguir comportamentos que outros condenam. Ora, estas coisas são atitudes após eu ter reconhecido a situação, compreendido e fazem parte da minha proposta de solução. E aí, isto é inteligência porque compreendi e dei solução ao problema? Toda compreensão e resolução é sinal de inteligência?

Reflexão 10b. Adaptar-se pode incluir reprimir-se ou oprimir alguém em suas crenças em nome de outras crenças. Soluções embasadas em crenças pessoais (e todas são) podem, de fato, ser consideradas inteligência? Penso que uma pessoa burra possa dar sua interpretação, sua compreensão e sua proposta de solução de conflitos. Quando alguém propõem soluções inaplicáveis ou injustas por outros pensadores, também é reconhecido como inteligente? 

Reflexão 10c. Afinal, propor soluções pode ser considerado sinal de inteligência? Pergunto porque, de fato, as pessoas que eu penso serem burras ao extremo sempre têm soluções e explicações para tudo, exercem soberbamente as atividades de avaliar, explicar e dar soluções, assim como se atribuem equilibrado senso crítico.

Reflexão 10d. Voltando ao senso crítico. É muito mais fácil identificar as influências culturais que as outras pessoas sofrem do que as que nós sofremos. Assim muito mais vezes destituímos a contraparte de suas questões que a nós mesmos. Como a contraparte faz, gerando situações de polarização, como convém ao Sistema.

 

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