|
|||||||||||
Reflexões
para a Saúde |
|||||||||||
Osteoporose
em Mulheres Maratonistas |
|
||||||||||
|
|
||||||||||
Dos oito grupos de risco da osteoporose,
creio que o de mulheres maratonistas seja o que mais surpreende. Sei que sites médicos informam que não se
sabe os motivos da osteoporose, mas venho há anos estudando Fisiologia,
Etiologia e outras ciências, sei que há quem saiba ou, pelo menos, especule. Há pelo menos 10 mecanismos no
desenvolvimento desse mal, dois deles podem explicar a osteoporose em
mulheres maratonistas: acidificação do sangue e falta de gordura. 1)
Acidificação do sangue Em outro texto - Acidez do sangue
- comentei sobre o mecanismos de controle do pH do sangue. Neste vimos que
nosso organismo o controla utilizando três mecanismos: 1) A respiração. Ao facilitar a quebra do
ácido anidrido em gás carbônico e água e eliminar o gás, este mecanismo atua
sobre a quantidade de ácidos no sangue; 2) Os rins, que entre suas funções está a de
filtragem de muitos sais e ácidos; 3) O mecanismo tamponagem,
que consiste em fazer reagir com algum ácido (resíduo metabólico) um cálcio
orgânico (extraído dos ossos, presente em alguma proteína como um colágeno ou
na corrente sanguínea oriunda da alimentação), formando algum sal que será
filtrado e eliminado pelo sistema urinário.
Ora, maratonistas têm metabolismo acelerado,
mas isto ao preço de terem mais ácidos graxos decorrentes desse metabolismo.
Assim requisitam o mecanismo da tamponagem mais
intensamente, com o desgaste do cálcio circulante. Mas este não é o principal motivo de terem
osteoporose. 2)
Falta de gordura Pois é, aquela celulite queimada para
aumentar a massa muscular fará falta na terceira idade. Vejamos como. Sobre os hormônios estrogênios Os hormônios envolvidos com a menopausa são
os hormônios estrogênios. Existem pelo menos 60 formas desse hormônio
circulando no corpo de homens e mulheres, mas duas são mais importantes no
organismo feminino para este texto: o estradiol e a estrona. O estradiol é de longe o mais importante. É
importante nas contrações da trompa de falópio, no preparo do útero para
receber o óvulo e em vários outros mecanismos reprodutivos. Possui ainda
cerca de 300 atividades desde a manutenção dos tecidos (pele, ossos e vasos
sanguíneos), nas funções mnemônicas (memória e outras do cérebro) e em várias
atividades metabólicas. O estrona é uma versão atenuada de estradiol.
Secretado pelas células de gordura e durante a gravidez, pela placenta, é o
tipo que predomina na mulher na menopausa. Ele tem sua importância, mas não é
tão poderoso quanto o estradiol. Outros
hormônios A menstruação se dá por um conjunto de
hormônios liberados pelo hipotálamo, pela glândula pituitária (hipófise) ou
devido a hormônios produzidos por estímulo destes. Destacam-se o Hormônio
Folículo Estimulante, ou FSH e o Hormônio Luteinizante ou LH. Nas mulheres eles agem em fases alternadas: o
FSH entra na primeira metade do ciclo, para induzir os ovários a produzir estradiol,
cuja concentração aumenta quando o óvulo está maduro; isto – o alto nível de
estradiol – avisa à hipófise de que o trabalho foi feito e está na hora de
parar a produção de FSH e lançar a segunda gonadotrofina na circulação: o LH,
que ajuda o óvulo a romper a casca folicular para cair numa das trompas. E
quando falta o estradiol... Quando os ovários reduzem suas atividades e a
mulher entra no climatério, o índice de estradiol não aumenta porque não há
óvulo pronto. Então a hipófise continua a produção de FSH, cujo índice se
torna mais alto que o normal. Por ter propriedades estimulantes, o alto nível
deste hormônio promove o famoso fogacho, típico do climatério. Para se ter uma ideia da variação dos índices
de FSH, este índice dobra considerando o período inicial do ciclo menstrual e
a época da ovulação. Na menopausa, fica pelo menos cinco vezes maior. Com o FSH alto, a hipófise aumenta também a
produção de LH acima dos índices que seriam normais apenas para o
amadurecimento do óvulo. Entenda: havendo aumento metabólico, haverá
mais ácidos resultantes do metabolismo. Mais ácidos, mais o corpo utilizará o
mecanismo da tamponagem para eliminá-los e diminuir
o fogacho. Assim o climatério é uma fase de alto consumo de cálcio, que chega
a reduzir as reservas deste mineral nos ossos. Fala-se em perda de 1 a 1,5% de cálcio ao ano
após os 40 anos de idade, para homens e mulheres. Durante o climatério, esta
perda pode chegar a 6%. Entendeu a gravidade nos casos femininos? E após
entrar na menopausa... O aumento metabólico promovido pelos hormônios
já comentados facilita a queima da gordura, o que libera o estrona. Sim, na
menopausa a mulher irá consumir suas gordurinhas - do peito e da celulite por
exemplo - para produzir estrona. Ora, mulheres maratonistas consumiram grande
parte de suas celulites para a produção de rendimento muscular, ainda durante
o período de maratonas, logo, como não têm gorduras para queimar e produzir
estrona, são mais propensas à osteoporose. Por que tantos sites médicos afirmam que não
se sabe a causa da osteoporose? Ou seja, a famigerada celulite, desde que deslocada
da obesidade mórbida, é um bem ao organismo feminino, mesmo que a grande
maioria não a deseje. Cadê as campanhas esclarecedoras? Assunto do curso de especialização Fisiologia em
Recursos Antálgicos. |
|
||||||||||
|
|||||||||||
Contato – peça mais informações ou para ser
informado dos próximos textos: [email protected]
ou (21) 99187-3020 (oi com WhatsApp). Para voltar à relação de textos Reflexões para a
Saúde. Site do IBTED. Sobre cursos, textos, vídeos, produtos e
outras informações. |
|||||||||||
IBTED Cursos, Vídeos,
Produtos, Editora e Terapias Contato: (21) 99187-3020
(OI + Whatsapp) - 98250-0538 (TIM) - [email protected] Sociais: facebook/ibted - facebook/robertohaddad.ibted |
|
||||||||||