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Reflexões
para a Saúde |
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Compreendendo
a dor na Fibromialgia |
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Neste capítulo pretendo explicar algo que
realmente confunde na FB: a DOR SEM INFLAMAÇÃO. Sabemos que
apenas ácidos e pressão nos terminais nervosos estimulam a dor lenta, que é o
tipo de dor na FM. Por outro lado, desde a conceituação sabemos que em caso
de FB pressupõe-se que não há processo inflamatório (ácidos), tampouco
pressão. Como explicar a dor? Para tanto vejamos dois textos, antes de
continuar a leitura deste: Nutrição do Tecido Conjuntivo não Vacularizado Além de um pouco do conhecimento da
Fisiologia da dor e da acidez do sangue, para compreendermos as dores na
fibras, precisamos de certo conhecimento do tecido conjuntivo que constitui a
parte dolorida na FM. Para tanto, vamos mais uma vez utilizar uma referência
da internet: http://www.micron.uerj.br/atlas
/Cartilagem/fundam.htm. “ ... A cartilagem é um tipo de tecido conjuntivo caracterizado pela sua consistência firme e elasticidade. Esse tecido é constituído de células denominadas condrócitos e uma matriz extracelular a qual é produzida por essas células. Diferente dos outros tecidos
conjuntivos, a cartilagem é um tecido avascular e
portanto, sua nutrição ocorre por difusão de substâncias entre os vasos
sanguíneos do tecido conjuntivo circunjacente e os condrócitos. A maioria das
cartilagens estão revestidas por um tecido conjuntivo denso bem vascularizado
denominado de pericôndrio. A camada mais externa do pericôndrio tem
fibras colágenas em abundância e é chamado de pericôndrio fibroso enquanto
que a camada interna, denominada pericôndrio condrogênico,
apresenta muitas células que originam as células cartilaginosas. Os
condrócitos estão isolados em pequenas cavidades no interior da matriz,
denominadas de lacunas. Entretanto, algumas dessas lacunas podem estar
extremamente próximas, separadas apenas por uma fina porção de matriz . Estes arranjos de lacunas chamados de grupos
isogênicos, são uma característica que ajuda no reconhecimento desse
tecido..." Ora, nenhuma cartilagem humana possui
vascularização. Sabemos que é tecido vivo e, por isto, necessita de nutrientes
e elimina resíduos metabólicos, mas não há sangue chegando ao local. A
nutrição e eliminação de resíduos são feitos por um tipo de linfa extraprofunda ou similar, como o líquido sinovial. Linfa superficial e profunda, para o Dr Leduc, consiste respectivamente
na linfa que circula fora e dentro das fáscias musculares. Mas existem outros
locais com linfa ou equivalente: a que circula dentro das cápsulas
articulares e recebe o nome de líquido sinovial, e a que banha as cartilagens
periósteas e os tendões, que nomeei de linfa
extra-profunda. Para destacar a sua importância: desconheço trabalhos que
destaquem a importância deste produto. É apenas comentado, como no texto
acima. Aproveitei e nomeei de terceira drenagem as manobras de
massoterapia com ação neste dreno. O local mais importante para as fibromialgias
é inserção dos tendões nos ossos. Os tendões ligam os músculos aos ossos,
todos sabemos. Quanto mais próximo dos músculos e afastado dos tendões, maior
a vascularidade: mais arteríolas levando nutrientes. Mas na inserção no osso,
nos tendões, as fibras de concentram de tal maneira que não há espaço para as
arteríolas. Como esta região recebe nutrientes e elimina toxinas? Pela linfa
extra-profunda. Podemos então afirmar que os tecidos não
vascularizados são nutridos e têm seus metabólicos descarregados por essa
linfa. Mesmo o núcleo pulposo (este é responsável pela nutrição dos discos de
cartilagem da coluna). Mas e se houver algum problema na circulação desta
linfa? Bloqueio circulatório? Temos três circulações interligadas: sangue
arterial, sangue venoso e linfa. A circulação arterial costumar ter seus
dutos parcialmente obstruídos, afetando a circulação. A venosa, também.
No nosso caso estamos preocupados com a circulação de linfa. Esta pode
ser bloqueada? A resposta é positiva, senão vejamos os inúmeros casos de linfoedemas ou linfatites
crônicas. Por que a acidez? Por que os resíduos metabólicos não são
devidamente eliminados do local. Por que não? Porque há alguma obstrução na
circulação da linfa. No caso de mastectomia, sabemos que alguns linfonodos
foram retirados. Mas no caso de linfoedemas nas
pernas, simplesmente não se estuda o caso a contento. Certamente os linfoedemas
aos quais estamos acostumados não costumam estar presentes na fibromialgia.
Os linfoedemas são casos de retenção das
circulações de linfa superficial e profunda. No caso das fibromialgias, estamos falando da
circulação extra-profunda, a que nutre ossos e cartilagens. E quanto a esta,
pode ser obstruída sem prejuízo das circulações superficiais e profundas? E a
resposta parece ser positiva, pois é a única maneira que encontrei até hoje
para explicar as dores na FM, o fato de não haver acidez no sangue. E, ainda,
explica o sucesso dos métodos que utilizamos na cura da fibromialgia. Sim,
cura, porque a grande maioria dos nossos clientes/pacientes são dispensados
de continuar com algum dos tratamentos. Agora,
uma das questões mais interessantes. Como
pode haver acidez na linfa extra-profunda sem acidez no sangue? Resposta em 4 etapas. 1- Façamos as contas. Circula pelo organismo
humano de 03 a 08 litros de sangue por minuto. Vamos considerar 05 litros de
sangue por minuto nos nossos cálculos. Isto dá 300 l/h ou 300.000 ml/h de
sangue, que passa inclusive pelos rins. 2- De linfa, os autores falam de 50 à 3000
ml/h. Se considerarmos a linfa proveniente do sistema digestório, este valor
pode chegar a 3000 ml/h, mas considerando apenas a nutrição do organismo em
si (desconsiderando a linfa capturada do sistema digestório), o valor de
cerca de 100 ml/h com o organismo em repouso é o justo. Alguns autores falam
em até 200 ml de linfa circulando por hora numa seção de drenagem linfática.
Estes 200 ml/h referem-se à linfa total do organismo, excetuando a linfa
proveniente do sistema digestório, como já comentado. Os mesmos autores falam
que apenas 20% dessa linfa circularia profundamente, nutrindo ossos e
cartilagens. Ou seja, apenas 20 ou 40 ml/h de linfa para nutrir ossos e
cartilagens, que certamente não gastam tantos nutrientes quanto os músculos,
por isto tão pequena. 3- A linfa tem seu retorno garantido à
corrente sanguínea: o sistema linfático faz anastomose com o venoso. 4- Os exames que podem comprovar a acidez do
organismo são feitos ou com o sangue ou com a urina. Agora vamos despejar 40
ml de linfa extra-profunda ácida por hora no sangue, que circula pelo coração
a base de 300.000 ml/h e ainda é filtrado pelos rins. Façamos as contas: uma
gota tem aproximadamente 0,1 ml. Terá passado aproximadamente 1,5 litros de
sangue pelo local onde o sistema linfático faz anastomose com o venoso a cada
gota de linfa extraprofunda que chegar lá.
Calculando em pH. Linfa ácida não pode ter pH menor que 6,95. A situação é
mais ou menos assim: 0,1 ml de linfa ácida, pH de 6,95, diluída em 1500 ml de
sangue não ácido, pH de 7,4, que ainda estará sendo filtrado pelos rins e
recebendo os resíduos metabólicos de todo o organismo. Façam e refaçam as
contas. Certamente imperceptível nos exames de sangue e urina que avaliam
processos inflamatórios. 5- Conclusão: linfa extra-profunda ácida de
modo algum pode afetar a acidez do sangue, mas pode estimular terminais
nervosos! Resumindo
e concluindo Um dos supostos mistérios da Fibromialgia é a
dor sem processo inflamatório. Os exames que mostram inflamações são o de
urina e o de sangue: resíduos ácidos acima do esperado. Não há exame da linfa
extraprofunda para avaliar o pH ou os seus
componentes. O pH do sangue é ligeiramente alcalino: entre
7,4 e 7,45. Quanto aumentaria a acidez se despejássemos 0,1 ml (uma gota) de
linfa ácida - pH 6,95, em um litro desse sangue, que continuasse a ser filtrado
pelos rins e recebendo a acidez de todo o organismo, sabendo que os resíduos
metabólicos dos músculos é muito, muito maior que a da linfa? E isto tudo sem
poder controlar o mecanismo de controle da respiração, que mantém o pH do
sangue constante? Nada que pudesse ser medido nos exames
atuais, pois o pH se manteria praticamente o mesmo. Mas certos exames confirmam a acidez. O
PROJETO DIRETRIZES e textos da internet confirmam a existência da sustância P
em quadros de FM. A substância P é um ácido, lembro, mas a concentração
aferida não é suficiente para identificar um processo inflamatório. Já
sabemos por quê. Assim acho muito coerente a afirmação: nas
patologias genericamente denominadas Fibromialgias, a acidez se encontra
normalmente junto a tendões e ligamentos, em locais de difícil drenagem, por
isto não perceptíveis nos exames regulares. Fim do mistério? Infelizmente não. Falta a
comprovação científica. E ainda tem a fibromialgias que doem na pele toda e
não apenas nas fibras. Como sempre afirmo: faltam pesquisas e estudos. Continua no texto Detalhes no
tratamento alternativo da fibromialgia. |
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